sexta-feira, 23 de julho de 2010

Olhe Através

Olhe dentro de meu olhos
Olhe através da minha alma
Olhe através do meu coração
E talvez você sinta o que eu sou
O que fui, e o que deixei de ser
Olhe e sinta meu ódio
Minha raiva
O lado negro da minha alma

Olhe dentro de meus olhos
Olhe através da minha alma
Olhe através do meu coração
E talvez você entenda
O que se passa
Talvez você sinta a minha dor

Olhe dentro das sombras
Olhe nos lugares abandonados
Olhe com olhos negros
E você me achará
Pois a escuridão é o meu lar

Olhe dentro da morte
Olhe com olhos de ódio
E você me verá
Pois o ódio é que me mantém em pé
Que me mantém vivo
Que me esquenta
Que mantém meu coração pulsando

Olhe dentro do vazio
Olhe dentro da podridão
Olhe com olhos de desprezo
E você não mais me verá
Pois você verá seu próprio reflexo

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Meu inimigo invisível

Ele me persegue com os olhos
Onde quer que eu vá
Invisível como o vento
Perspicaz como uma lebre
Está sempre a me seguir
Dia ou noite
Esperando por um deslize
Esperando o momento certo

Ele me persegue
Como uma sombra
Como um caçador
Mas eu vejo a chama da raiva no reflexo dos seus olhos opacos
Sempre à surdina
Sempre a me olhar

Meu inimigo
Meu doce desafiante
Invisível como o vento
Mortal como uma faca

Ele me estuda
A cada segundo que se passa
Como um cientista maluco
Observando minhas fraquezas
Rascunhando a armadilha
Esperando pelo momento certo

Meu inimigo invisível
Meu doce desafiante

Ele acredita controlar a situação
Me rastreia
Tentando saber todos os meus passos
Minando meu caminho

Meu inimigo
Meu doce desafiante
Invisível como o vento
Mortal como uma faca

Ele me persegue
Mas eu percebo a sua presença
Eu sinto seus olhares percorrendo meu corpo
Meu inimigo invisível
Minhas defesas estão em pé
A sua espera
Meu doce desafiante
Você está tão cego
Acreditando ser tão bom no que faz
E essa será a sua ruína
Pois como quem não quer nada
Como uma flecha no escuro
Eu revidarei
Eu revidarei