terça-feira, 30 de agosto de 2011

Sentando a beira mar


Sentando a beira mar
Ele pensou, pensou, pensou
Pensou por horas
Sem achar solução
Olhando para o vazio
Sentia suas forças esvaindo-se
Pois ele já tinha tentado de tudo
Já tinha falado
Já tinha gritado
Já tinha chorado
E de nada adiantava

Sentando a beira mar
Ele se sentiu como um castelo de areia
Se desmanchando ao vento
Esvaziando-se grão a grão
Perdendo sua forma
Perdendo sua beleza
E o reflexo azul da lua no mar
Foi o suficiente para fazer seu coração chorar
Inundando sua alma de tristeza
Pois ele sabia que tudo estava se perdendo
Que tudo estava se quebrando
Ele podia sentir isso
Sentir no vento
Sentir no tempo

Sentado a beira mar
Ele se sentiu como uma grande fogueira
Se apagando pouco a pouco no vento frio
Perdendo seu calor
Perdendo seu valor
E ao ver as cinzas se desfazendo
Foi o suficiente para fazer coração chorar
Inundando sua alma de tristeza
Pois ele sabia que tudo estava se quebrando
Perdendo sua beleza
Ele podia sentir isso
Ele sabia que tudo estava se perdendo
De alguma forma ele sabia

Seu coração chorou
Por sentir o amanha hoje
Seu coração chorou
Por não saber mais o que fazer
Seu coração chorou
Tentando se agarrar ao que ainda restava
Tentando se agarrar ao que ainda sobrava

Sentado a beira mar
Ele pensou, pensou, pensou
Pensou por horas
Pensou por dias
Sem achar solução
Inundando sua alma de tristeza
Pois ele sabia que tudo estava se perdendo
Que tudo estava se quebrando
Ele podia sentir isso
Sentir no vento
Sentir no tempo

Então seu coração chorou
Por sentir o amanha hoje
Seu coração chorou
Por não saber mais o que fazer
Seu coração chorou
Tentando se agarrar ao que ainda restava
Tentando se agarrar ao que ainda sobrava

domingo, 28 de agosto de 2011

O Retorno da Menina

“Uma festa poderia sim, ser uma imensa surpresa. Desagradável? Talvez!
Parecia que ele podia ler seus pensamentos a partir do momento em que ela viu a brilhante aliança dourada em seu dedo. Ele leu seus olhos, leu suas sensações, seus movimentos...
E ela se sentiu péssima. O que esperar? Que ele estivesse com o coração livre novamente, assim como ela? Que ele estivesse disposto a encontrá-la em uma esquina qualquer, pronto para um começo? Que ele ainda pensasse nela? Nada disso fazia sentido!
Ela foi pega de surpresa e sentiu raiva por isso. Sentiu-se fraca, como aquela menina que vivia nos braços dele, sentiu-se idiota como aquela menina que sempre perdia nas brigas com o namorado, sentiu-se ridícula como aquela menina em que terminava a noite em lagrimas. Foi difícil se situar no chão e lembrar que ela não era mais uma menina.
- “Me desculpe por te esquecer!” - Foi tudo o que ele pode dizer a ela.
Suas mãos formigaram e ela sorriu demonstrando uma falsa compreensão.
O lado bom disto tudo? Ela havia amadurecido. Suas mãos formigavam, mas ela ficou por toda a festa, com seu habitual sorriso radiante e foi embora apenas quando todos os convidados estavam se retirando.
Ela lhe olhou bem fundo nos olhos e lhe disse “tchau”.
Dirigiu até sua casa.
Abriu sua porta.
Jogou as chaves e a bolsa no sofá.
Jogou suas roupas em uma cadeira.
Vestiu seu pijama.
Jogou-se na imensa cama.
E chorou.
Não sei te explicar o porquê, mas ela chorou e adormeceu!”


(Para todas as pessoas que não conseguem esquecer ou compreender um grande amor.)