segunda-feira, 28 de junho de 2010

Tão Triste [Reposting]

Tão triste
Que a tristeza ecoa
Pela casa vazia
Tão triste
Que a tristeza reflete nas pessoas
Nas coisas
Uma mistura de silêncio e solidão

Tão triste
Que a tristeza ecoa
Pelos lugares cheios
Tão triste
Que a tristeza reflete no sol
Na lua, nas estrelas
Um sentimento de nada
De vazio intenso
Infeccioso como um câncer
Tirando a felicidade de tudo

Tão triste
Que a tristeza reflete
Nas rosas, no vento
Tão triste
Que a tristeza ecoa
Dentro de mim
Como se fossem gritos de agonia
Corroendo meu coração
Corroendo o resto de vida que ainda sobra

Tão triste
Que a tristeza ecoa
Ecoa ecoa
E tudo Tão triste
Tão triste

terça-feira, 22 de junho de 2010

A lição que eu nunca aprendi

Chega
Eu disse chega
Quando ela me olhou nos olhos
E viu minha alma inflamada
Gritando por liberdade
E ela sorriu quando viu meu verdadeiro eu
Aprisionado
Revolto nos próprios demônios
Como palavras cruzadas

Chega
Eu disse chega
Quando ela me mandou sorrir sem ter vontade
Eu disse chega
Enquanto ela tentava me fazer de boneco
Mas eu dei um basta nisso
Me libertando
Deixando a mascara cair

Chega
Eu disse chega
Enquanto ela tentava entrar na minha mente
Isso não é o bastante
Eu sou mais que isso
Eu disse chega
Enquanto ela tentava me fazer ser o que eu não era
Me cortando em retalhos
Me montando e remontando
Mas eu nunca serei o que você espera de mim

Chega
Eu disse chega
Mas ela é como o sal nos meus olhos
Me cegando
Me despindo
Me matando

Chega
Eu disse chega
Mas ela sorriu enquanto me ouvia falar
Eu não serei seu escravo para sempre
Eu NÃO serei seu escravo para sempre

Chega
Eu disse chega
Então explodi meu espírito por toda a sala
Me matando
Me curando
E no final eu pude ouvir nossos corações chorarem juntos
Mas essa foi a lição que eu nunca aprendi

Yes Bullying

Me trate como você sempre me tratou
Como um lixo
Eu sou um nada
Uma pessoa esquecida, uma pessoa maldita
Vocês sempre me apedrejam
Sempre me excluem porque não sou como vocês
Sou diferente
Me trate como você sempre me tratou
Como um verme
Como um monstro
Porque talvez eu seja mesmo
E tudo que eu sinto é dor
Porque sou diferente
Porque não sou como vocês
Sou sempre o esquecido
O excluído, o chato
Vocês estão me matando
Mas um dia eu vou matar vocês
Todos vocês
Me trate como você sempre me tratou
Com nojo, com indiferença
Me apedreje, me corte em pedaços
Me apedreje
Trate-me como sempre me tratou
Porque tenho meu jeito
Porque sou reservado
Vocês me perseguem como um rato
Tentam me exterminar como se fosse uma praga
Tentam matar minha alma, destruir meu coração
Trate-me como você sempre me tratou
Como um bicho, como alguém sem coração
Como raiva, ódio
Me apedreje, me mate
Corte-me em pedaços
Me apedreje
Me trate como você sempre me tratou
Mas um dia eu vou matar vocês

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Fragmentos de um ser incompleto

Mesmo após todo esse tempo
Percebo que nada mudou
E no meu interior
É como se existisse uma guerra
Entre vários de mim mesmo
E me sinto tão desnorteado
Pelo barulho das bombas
Que se tornam mais destruidoras a cada explosão

Mesmo após tanto tempo
Percebo que ainda não sei quem sou
Que vivo entre cacos
Entre fragmentos de um ser incompleto
Perdido, ofuscado
Mesmo estando sempre em busca da luz
E me pergunto
Que luz é essa?
Você consegue ver?
Aonde esse caminho árduo vai me levar?

Mesmo após tanto tempo
Percebo que por todos esses anos passados
Eu apenas fui indo, indo, indo
E aonde cheguei?
O que me tornei?
Se a sede por mais nunca cessa
E o sentimento de vazio nunca passa
Mesmo após cada conquista
Mesmo após cada derrota
E me pergunto
Onde estão os meus pedaços que faltam?
Perdido entre sorrisos e tristezas?
Perdido entre anjos e demônios?
Entre a luz e a escuridão?

Mesmo após todo esse tempo
Percebo que nada mudou no meu interior
Apenas o reflexo no espelho
De resto nada mudou

Sublimação

Queria ser o gás do pânico
Para poder me atirar ao vento
Me perdendo
Invadindo e preenchendo cada pulmão ao meu redor
Penetrando no interior de cada ser 

Queria ser o gás do pânico
Perder essa forma humana
Desfigurando-me pouco a pouco
Em plena sublimação
Para que todos meus inimigos saibam meu nome
Para quando me virem batendo na porta
Caíam de joelhos rezando
Pois o pânico chegou
Hora de cantar pela sua alma 

Queria ser o gás do pânico
E me atirar ao vento
Contaminado a tudo e a todos
Fazendo explodir uma multidão
Para que os gritos atigam o céu
Em plena sublimação 

O pânico chegou
Para que todos meus inimigos saibam meu nome
O pânico chegou
Para destruir a razão hipócrita
O pânico chegou
Para que os gritos ecoem no céu
Em plena sublimação 

Queria ser o gás do pânico
Para pelo menos uma vez
Fazer com que todos sintam
O que eu sinto 

O pânico chegou
Hora de cantar pela sua alma