terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Meu Segundo-Primeiro Amor

Ela estava sentada em uma praça qualquer, ouvindo cantigas natalinas e tendo a certeza de que mais da metade das pessoas que passavam por ali eram totalmente sem graça.
Até algo lhe chamar a atenção. Em um segundo seu corpo congelou e se incendiou, ela sentiu como se estivesse dormente e elétrica, todos os seus pensamentos escaparam de sua cabeça e a crença que ela tinha sobre sua sanidade vacilou.
Ela poderia levantar-se e correr em sua direção ou ficar sentada ali sem acreditar. A certeza de que deveria levantar e abraçá-lo foi imensa, mas suas pernas congelaram, ela continuou sentada, com uma expressão incrédula, com os pensamentos a mil. E ao mesmo tempo que tudo parecia meio lento e sua cabeça funcionava a todo vapor, bastou apenas alguns segundos para sumir de sua visão.
Estaria louca? Já havia se passado muito tempo desde que ela saiu dos dezesseis anos e mesmo sabendo disso, mesmo tendo a certeza de que seria impossível voltar no tempo, ela havia visto ele, aquele "ele" do passado.
O choque levou mais de um minuto para passar, então já era tarde demais, ele já havia sumido entre as pessoas, ela já não o enxergava entre os rostos estranhos.
Ela se sentiu decepcionada consigo mesma por não ter tido a coragem e a velocidade de ir até ele, de tocá-lo, de matar a vontade de abraçá-lo e ao mesmo tempo ainda não conseguia acreditar no que seus olhos viram.
Ela caminhou pela multidão, olhou para os rostos estranhos à procura daquele rosto tão familiar e quando finalmente pensou em desistir, bastou olhar para o lado para descobrir que ele andava descontraido e distraído ao seu lado.
Ela chegou pertinho, tocou suavemente seu braço para ter certeza de que era real, abriu um belo sorriso e disse:
- Oi, você se importa de me dizer seu nome?
A mesma expressão, os mesmos olhos profundos, a mesma maneira de rir para ela...

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Meio cansado



Ando meio cansado
O mundo é muito pesado
Grande demais para meus ombros
Cada dia uma nova frustração
Cada dia uma nova desilusão
Todo dia eu tento me encaixar
Em um mundo que pareço não pertencer
Em um mundo cada vez mais vazio

Estrelas em chamas a cair do céu
Acertando os fantasmas que me rodeiam
Enquanto eu imploro para que elas me acertem
Ponto um final em tudo

Ando meio cansado
Tentando ser eu mesmo
Em um mundo sem valores
Em um mundo sem amores
Cada dia uma nova facada
Cada dia menos sangue nas veias
Em um mundo que pareço não pertencer
De pessoas cada vez mais vazias

Estrelas em chamas a cair do céu
Acertando os fantasmas que me rodeiam
Enquanto eu imploro para que elas me acertem
Ponto um final em tudo

Ando meio cansado
Como uma pagina em branco
Colecionando manchas negras
Com palavras borradas
Onde não sem pode ler
Um pagina arrancada
De um livro que nunca saberá o qual

Estrelas em chamas a cair do céu
Acertando os fantasmas que me rodeiam
Enquanto eu imploro para que elas me acertem
Ponto um final em tudo
Enquanto eu imploro para que elas me acertem
Deixando tudo para trás
 

sábado, 3 de dezembro de 2011

Célula a célula




Ele gostaria de por para fora o que estava sentindo
Mas era tudo tão confuso
Que chegava a faltar ar em seus pulmões
Era tudo tão confuso
Que fazia seu corpo transbordar em suor
Seu coração parecia não agüentar tudo aquilo
Por mas que ele lutasse contra
Ele se sentia morrendo
Ele via seus sonhos por mais distantes que fossem
Se despedaçando
Ele via suas memórias se esfarelando
Como um castelo de areia ao vento
Perdendo sua forma
Perdendo seus detalhes
Pouco a pouco
Grão a grão

Ele tentava digerir cada palavra
Tentando segurar o sangue que jorrava das feridas
Abertas como facadas
Ele tentava digerir cada atitude
Mas era tudo tão confuso
Que fazia seu estomago rodar
Era tudo tão confuso
Que fazia seu corpo desfalecer
Como uma doença sem cura
Consumindo tudo
Cada alegria, cada momento feliz
Arrancando cada vontade de continuar
Cada força
Pouco a pouco
Célula a célula

Ajoelhado olhando para o alto
Ele gritava
Ele gritava tentando por para fora tudo que estava sentindo
Tentando vomitar seu coração
Explodindo tudo ao redor
Tentando matar tudo aquilo que estava te matando
Extrair da sua alma tudo que ficou
Ajoelhado olhando para o alto
Ele gritava

Então ele caiu
Faltava ar em seus pulmões
Seu corpo transbordava em suor
Seu coração parecia não agüentar tudo aquilo
Por mas que ele lutasse contra
Ele se sentia morrendo
Seus sonhos por mais distantes que fossem
Se despedaçando
Suas memórias se esfarelando
Como um castelo de areia ao vento
Perdendo sua forma
Perdendo seus detalhes
Pouco a pouco
Grão a grão

Deitado olhando para o alto
Ele gritava
Ele chorava
Ele gritava tentando por para fora tudo que estava sentindo
Ele gritava tentando vomitar seu coração
Explodindo tudo ao redor
Tentando matar tudo aquilo que estava te matando
Extrair da sua alma tudo que ficou
Ajoelhado olhando para o alto
Ele gritava
Perdendo sua forma
Perdendo seus detalhes
Pouco a pouco
Grão a grão
Célula a célula

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Era uma vez




Era uma vez uma pequena garota
Que sonhava com o paraíso
Que sonhava com o amor eterno
Assim como aquela mais bela melodia
Que cresceu cantarolando
Ela esperava um mundo perfeito
De pessoas perfeitas
Ela cresceu sonhando que a tudo podia

Seu sorriso era radiante
Ela se movia docemente
Totalmente inebriante
Totalmente apaixonante
Ela realmente coloriu meu mundo
Me mostrando um novo sentido

Mas ela esperava um mundo perfeito
De pessoas perfeitas
E acabou se chocando com o mundo real
Se despedaçando em milhares de pedaços

Então ela passou a me culpar
Por ter te tirando do seu mundinho
Passou a me culpar por ter aberto seus olhos
Ainda me lembro dela segurando na sua mão as duas metades do meu coração
Amaldiçoando meu nome
Chorando lagrimas de sangue

Era uma vez uma pequena garota
Que sonhava com o paraíso
Que sonhava com o amor eterno
Ela esperava um mundo perfeito
De pessoas perfeitas
Mas acabou se chocando com o mundo real
Se despedaçando em milhares de pedaços

Eu ainda me lembro muito bem
Quando eles quebraram meu coração em pedaços
Eu tive forças para me levantar
Quando eles quebraram meu coração em pedaços
E eu tive coragem de continuar

Mas ela passou a me culpar
Por ter te tirando do seu mundinho
Passou a me culpar por ter aberto seus olhos
E ainda me lembro dela segurando na sua mão as duas metades do meu coração
Amaldiçoando meu nome
Chorando lagrimas de sangue

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Amor infinito



Como um doce filme
As cenas vão se passando
Lentamente
Com aquela musica que escolhemos juntos
Tocando ao fundo
Sorrisos
Abraços
Cenas que vêem e vão
Mas por favor
Não me faça cair hoje
Por favor
Não me deixe para baixo hoje

Como em um livro maravilhoso
Leio lentamente seus versos
Leio lentamente suas cartas
Com aquela musica que escolhemos juntos
Tocando ao fundo
Mundos distantes
Sonhos lúcidos
Palavras esquecidas
Mas por favor
Não me faça cair hoje
Por favor
Não me deixe para baixo

Hoje eu quero flutuar
Através do amor infinito
Que reflete nas coisas
Do amor infinito
Que reflete nas pessoas
Do amor infinito
Que reflete nos seus olhos
Hoje eu quero flutuar

Como em uma delicada canção
De melodia inebriante
Vejo nossa história
Verso a verso
Refrão a refrão
Como em um doce filme
Cenas que vêem e vão
Mas por favor
Não me faça cair hoje
Por favor
Não me deixe para baixo

Como em uma linda poesia
De versos verdadeiros
De palavras marcantes
Com aquela musica que escolhemos juntos
Tocando ao fundo
Tempos diferentes
Momentos distantes
Corações pulsantes
Mas por favor
Não me faça cair hoje
Por favor
Não me deixe para baixo

Hoje eu quero flutuar
Através do amor infinito
Que reflete nas coisas
Do amor infinito
Que reflete nas pessoas
Do amor infinito
Que reflete nos seus olhos
Hoje eu quero flutuar
Flutuar para longe
Hoje eu quero apenas
Flutuar

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Eu sou...

Eu sou um pouco mais do que fotos jogadas no lixo
Um tanto quanto de músicas que te remetem as lembranças
Talvez eu seja um pouco mais que minhas lágrimas de dor
Ou esteja perdida no grito que se prendeu a garganta.

Eu sou aquela doce menina apaixonada
Aquela misteriosa mulher entediada
Que luta, esbraveja e corre
De você, para você.

Talvez eu seja aquelas palavras perdida em um caderno velho
Aquela rosa deixada para morrer no vaso
O doce perfume da minha pele
Ou apenas um pedacinho de esquecimento.

Eu sou um sonhar
Um desejo
Um lampejo
Morrendo, a cada segundo.

Eu sou a solidão que me deixastes
As ligações que nunca vem
Os sentimentos que se perdem no caminho
Ou apenas seu olhar de deboche.

Eu sou a tua força e meu fracasso
O seu abraço e meu vazio
Tua beleza e minha feiúra.

Talvez eu seja apenas o que restou
De mim...

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Aqui estamos nós nas estrelas



Eu cheguei bem perto do meu limite
E só ali pude entender tudo o que aconteceu
Só ali pude me encontrar
E de alguma forma algo dentro de mim mudou
De alguma forma eu me transformei
Quando andei na linha tênue
Entre a loucura e a realidade
De alguma forma eu me transformei

Eu cheguei bem perto do meu limite
Entre a morte e a vida
Lutando contra meus demônios
Lutando contra você
Eu me joguei no fogo
De alguma forma eu me transformei
Quando andei na linha tênue
Entre o amor e o ódio
De alguma forma eu me transformei

E aqui estamos nós nas estrelas
Tão tão distante
Eu posso sentir o batimento de nossos corações
Aqui estamos nós nas estrelas
Eu posso sentir você

Eu cheguei bem perto do meu limite
E só ali pude entender tudo
Só ali pude me enxergar
E de alguma forma algo dentro de mim mudou
De alguma forma eu me transformei
Quando andei na linha tênue
Entre o sentimento e a razão
De alguma forma eu me transformei

E aqui estamos nós nas estrelas
Tão tão distante
Eu posso sentir o batimento de nossos corações
Aqui estamos nós nas estrelas
Eu posso sentir você

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

A man made of little pieces



Ele olhou para o céu
Tentando avistar sua estrela da sorte
Pensamentos distantes
Sentindo o vento no rosto
Ele se deu conta de como ele chegou ali
Então abriu os braços e gritou bem alto
Eu acredito

Ele se olhou no espelho
E ficou espantado com a luz que reluzia da sua pele
Ficou espantado com a chama que queimava nos seus olhos
Olhar intrigante
Um sorriso leve em seu rosto
Então ele abriu os braços e gritou bem alto
Eu posso sentir
Eu acredito

Um milhão de pequenos pedaços
Era o que compunha esse homem
Pedaços que o faziam ser o que era
Pedaços que o faziam acreditar
Um milhão de pequenos pedaços

Ele olhou ao seu redor
E viu quantas pessoas estavam a sua volta
E se deu conta dos olhares de admiração
Pensou em quantos novos pedaços poderiam ser adicionados
Pensou em quantos pedaços seriam jogados foram
Então se lembrou de como ele chegou até ali
De quantas vezes foi destruído
De quantas vezes se remontou
De quantas vezes se reconstruiu
De quantos pedaços perdeu
De quantos leva consigo até hoje

Um milhão de pequenos pedaços
Era o que compunha esse homem
Pedaços que o faziam ser o que era
Pedaços que o faziam acreditar
Um milhão de pequenos pedaços

Um homem completo
Feito de pequenos pedaços
Abriu os braços e gritou bem alto
Eu posso sentir
Eu acredito
Um homem feito de pequenos pedaços
Um milhão de pequenos pedaços

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Aqueles dias



Parece que já faz muito, muito tempo
Daqueles dias em que tudo era perfeito
Sorrisos verdadeiros
Olhares intensos
Tempo em que a gente se movia com estilo
Tempo em que todo girava ao nosso redor
Naquele mundinho perfeito criado por nos dois
Parece que já faz muito, muito tempo
Daqueles dias que nunca mais voltarão

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Sentando a beira mar


Sentando a beira mar
Ele pensou, pensou, pensou
Pensou por horas
Sem achar solução
Olhando para o vazio
Sentia suas forças esvaindo-se
Pois ele já tinha tentado de tudo
Já tinha falado
Já tinha gritado
Já tinha chorado
E de nada adiantava

Sentando a beira mar
Ele se sentiu como um castelo de areia
Se desmanchando ao vento
Esvaziando-se grão a grão
Perdendo sua forma
Perdendo sua beleza
E o reflexo azul da lua no mar
Foi o suficiente para fazer seu coração chorar
Inundando sua alma de tristeza
Pois ele sabia que tudo estava se perdendo
Que tudo estava se quebrando
Ele podia sentir isso
Sentir no vento
Sentir no tempo

Sentado a beira mar
Ele se sentiu como uma grande fogueira
Se apagando pouco a pouco no vento frio
Perdendo seu calor
Perdendo seu valor
E ao ver as cinzas se desfazendo
Foi o suficiente para fazer coração chorar
Inundando sua alma de tristeza
Pois ele sabia que tudo estava se quebrando
Perdendo sua beleza
Ele podia sentir isso
Ele sabia que tudo estava se perdendo
De alguma forma ele sabia

Seu coração chorou
Por sentir o amanha hoje
Seu coração chorou
Por não saber mais o que fazer
Seu coração chorou
Tentando se agarrar ao que ainda restava
Tentando se agarrar ao que ainda sobrava

Sentado a beira mar
Ele pensou, pensou, pensou
Pensou por horas
Pensou por dias
Sem achar solução
Inundando sua alma de tristeza
Pois ele sabia que tudo estava se perdendo
Que tudo estava se quebrando
Ele podia sentir isso
Sentir no vento
Sentir no tempo

Então seu coração chorou
Por sentir o amanha hoje
Seu coração chorou
Por não saber mais o que fazer
Seu coração chorou
Tentando se agarrar ao que ainda restava
Tentando se agarrar ao que ainda sobrava

domingo, 28 de agosto de 2011

O Retorno da Menina

“Uma festa poderia sim, ser uma imensa surpresa. Desagradável? Talvez!
Parecia que ele podia ler seus pensamentos a partir do momento em que ela viu a brilhante aliança dourada em seu dedo. Ele leu seus olhos, leu suas sensações, seus movimentos...
E ela se sentiu péssima. O que esperar? Que ele estivesse com o coração livre novamente, assim como ela? Que ele estivesse disposto a encontrá-la em uma esquina qualquer, pronto para um começo? Que ele ainda pensasse nela? Nada disso fazia sentido!
Ela foi pega de surpresa e sentiu raiva por isso. Sentiu-se fraca, como aquela menina que vivia nos braços dele, sentiu-se idiota como aquela menina que sempre perdia nas brigas com o namorado, sentiu-se ridícula como aquela menina em que terminava a noite em lagrimas. Foi difícil se situar no chão e lembrar que ela não era mais uma menina.
- “Me desculpe por te esquecer!” - Foi tudo o que ele pode dizer a ela.
Suas mãos formigaram e ela sorriu demonstrando uma falsa compreensão.
O lado bom disto tudo? Ela havia amadurecido. Suas mãos formigavam, mas ela ficou por toda a festa, com seu habitual sorriso radiante e foi embora apenas quando todos os convidados estavam se retirando.
Ela lhe olhou bem fundo nos olhos e lhe disse “tchau”.
Dirigiu até sua casa.
Abriu sua porta.
Jogou as chaves e a bolsa no sofá.
Jogou suas roupas em uma cadeira.
Vestiu seu pijama.
Jogou-se na imensa cama.
E chorou.
Não sei te explicar o porquê, mas ela chorou e adormeceu!”


(Para todas as pessoas que não conseguem esquecer ou compreender um grande amor.)

sexta-feira, 8 de julho de 2011

8 de Julho

Por favor hoje não me chame
Não me acorde
Não me chacoalhe
Deixe-me dormir o dia inteiro
Nesse dia frio
Sem sol
Sem graça
Deixe apenas dormir

Por favor hoje não me chame
Não me acorde
Não me chacoalhe
Deixe-me dormir o dia inteiro
Ficar na cama
Com sonhos feitos de açúcar
Flutuando rio a baixo
Não me acorde
Deixe-me onde estou

Por favor hoje não me chame
Não estrague meu dia
Não me acorde
Eu estou a milhas daqui
Deixe-me onde estou
Pois eu estou apenas dormindo
Nesse Nesse dia frio
Nessa sexta feira
Sem sol
Sem graça
Então por favor, não estrague meu dia
Não me chame
Não me chacoalhe
Deixe-me onde estou

8 de Julho

Por favor hoje não me chame
Não me acorde
Não me chacoalhe
Deixe-me dormir o dia inteiro
Nesse dia frio
Sem sol
Sem graça
Deixe apenas dormir

Por favor hoje não me chame
Não me acorde
Não me chacoalhe
Deixe-me dormir o dia inteiro
Ficar na cama
Com sonhos feitos de açúcar
Flutuando rio a baixo
Não me acorde
Deixe-me onde estou

Por favor hoje não me chame
Não estrague meu dia
Não me acorde
Eu estou a milhas daqui
Deixe-me onde estou
Pois eu estou apenas dormindo
Nesse Nesse dia frio
Nessa sexta feira
Sem sol
Sem graça
Então por favor, não estrague meu dia
Não me chame
Não me chacoalhe
Deixe-me onde estou

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Obscura solidão

Sinto como se meus pedaços estivessem caindo
Se perdendo pelos cantos da casa
Me sinto quebrado
Com minha alma defeituosa
Como um brinquedo velho
Que um dia já foi o mais admirado
Mas que hoje não ganha mais sorrisos

Sinto como se tudo estivesse desmoronando
Preso de baixo dos entulhos
Escuro, frio, sem ar
Me sinto quebrado
Sem conseguir juntar os pedaços
Não consigo me ver no espelho
Meus olhos vazios
Olhos esses que já foram intensos

Me sinto quebrado
Partido em milhares de pequenas peças
Que vão se perdendo pelo caminho
Mas se eu pudesse te fazer passar dos limites
Colocaria sentido em cada respirar seu
Colocaria sentindo em cada respirar meu

Sinto como se tudo estivesse sem luz
Sinto como se tudo estivesse sem vida
Obscura solidão
Me sinto quebrado
E tão cansado
Para encontrar um novo jeito de ver as coisas
Me sinto tão cansado

Sinto como se tudo fosse se apagar
Em um silencio absoluto
Obscura solidão

Sinto como se tudo estivesse desmoronando
Preso de baixo dos entulhos
Escuro, frio, sem ar
Me sinto quebrado
Sem conseguir juntar os pedaços
Me sinto quebrado
Com minha alma defeituosa
Como um brinquedo velho
Que um dia já foi o mais admirado
Mas que hoje não ganha mais sorrisos
Mas que hoje não ganha mais sorrisos

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Eu te Procurei

Eu te procurei
Por anos
Vagando pelo mundo
Perdido
Eu procurei nos vales
Nas montanhas
De baixo das pedras
Nas estrelas
Eu te procurei

Eu te procurei
Por anos e anos
Vagando pelo mundo
Sem rumo
Sem destino
Eu te procurei

Eu te procurei
Nas flores
No vento
Nas rosas
Eu procurei

Eu te procurei
Nas gotas da chuva
Nos arco Iris
Nas músicas
Nos chocolates
Eu procurei

Eu te procurei
Por anos e anos
Vagando vazio pelo mundo
Perdido
Sem rumo
Se destino
Procurando você

Eu te procurei
Nos raios de sol
Nas cores
No céu azul
No vento
Eu procurei

Eu te procurei
Na escuridão
Te procurei nos sorrisos
Nos olhares sinceros
Eu procurei

E em um dia qualquer
Sem ao menos esperar
Já cansado de procurar
Uma estrela me levou até você
E nos seus olhos castanhos
Eu encontrei a luz
Nos seus olhos castanhos
Eu encontrei o amor
Nos seus olhos castanhos
Eu encontrei a pessoa para mim
Minha metade
Meu sol

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Dê-me algo

Dê-me algo p/ curar a minha dor
Dê-me algo p/ inflamar minha alma
Para me sentir vivo novamente
Faça esse fogo crescer
Queimar na altura das nuvens
Tão grande como um sol
Queimando todas as minhas desilusões
Iluminando toda a minha escuridão

Dê-me algo p/ curar a minha dor
Dê-me algo p/ inflamar o meu ser
Para me sentir forte novamente
Como um gigante muro azul
Reluzente ao sol
Tão grande como uma muralha
Cercando todas as minhas faces
Cercando o que há de melhor em mim

Dê-me algo p/ acalmar meu coração
Dê-me algo p/ inflamar minha alma
Como a mais brilhante luz
Faça essa luz crescer
Emanando calor a tudo ao seu redor
Tão grande como o sol
Iluminando os corações vazios
Evaporando as lágrimas frias

Dê-me algo p/ curar a minha dor
Dê-me algo p/ inflamar o meu ser
Por favor
Dê-me algo em que acreditar

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Tudo vai ficar bem

Deitado no chão
Enquanto um furacão está passando dentro do quarto
Arrancando cada lembrança
Deitado no chão
Enquanto tem uma tempestade cheia de raios e trovões
Escorrendo por seu rosto

Eu te digo para ter calma
Pois mesmo quando tudo está escuro em sem vida
Mesmo quando tudo está sem som e movimento
Sempre há uma esperança
Sempre há uma chance
Respire meu amor
Tudo vai ficar bem

Deitado no chão
Enquanto as estrelas estão caindo como bolas de fogo
Explodindo tudo ao redor
Deitado no chão
Enquanto uma onda gigante encobre o sol
Lavando a tudo e a todos
Lavando o corpo e a alma

Eu te digo para ter calma
Pois mesmo quando tudo está sem gosto
Mesmo quando tudo está sem cores
Sempre há uma esperança
Sempre há uma chance
Respire meu amor
Tudo vai ficar bem

Deitado no chão
Sobre as asas que você desenhou
Deitado no chão
Sobre os sentimentos que você plantou
Deitado no chão

Eu te digo para ter calma
Pois mesmo quando tudo é triste
Mesmo quando parece não haver amor
Sempre há uma esperança
Sempre há uma chance
Respire meu amor
Tudo vai ficar bem
Deitado no chão
Eu te digo
Respire meu amor
Tudo vai ficar bem

sábado, 21 de maio de 2011

E aqui estou eu sem você

Flutuando entre o real e o imaginário
Entre sonhos e lembranças
Tentando juntar os pedaços
Colar as peças
Tentando encontrar a luz
Encontrar a mim mesmo

Flutuando entre o real e o imaginário
Sim esse é o silêncio dos espaços vazios
E às vezes eu me sinto tão sozinho durante o dia
Tentando encontrar um lugar para fugirmos
Tentando encontrar um lugar para durar para sempre

Você está me empurrando para longe
E aqui estou eu sem você
Bebendo por tudo o que perdemos
Bebendo pelos erros que cometemos
Chamando por você outra vez

Flutuando entre o real e o imaginário
Entre a luz e a escuridão
Tentando encontrar meu caminho
Tentando curar meus dias vazios
Em busca de um lugar para chamar de lar
A procura da minha melhor parte
Flutuando entre o real e o imaginário
Entre sonhos e lembranças
Flutuando entre o real e o imaginário
Chamando por você outra vez

Mas você está me empurrando para longe
E aqui estou eu sem você
Bebendo por tudo o que perdemos
Bebendo pelos erros que cometemos
Procurando um lugar para fugirmos
Procurando um lugar para durar para sempre
E aqui estou eu sem você
Chamando por você outra vez

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Momentos

Fico relembrando cada segundo ao seu lado
Lembrando de cada sorriso
De cada lagrima
De cada momento
E isso dói
Dói demais quando você está muito apaixonado para esquecer
Dói demais quando você perde algo que não se pode substituir
Que nunca mais será seu

Mas o que fazer quando você tentou dar o seu melhor
Mas não obteve sucesso
Quando você lutou com todas as suas forças
E mesmo assim acabou derrotado

Me sinto tão cansado para conseguir dormir
Meus sonhos me torturam
Lágrimas rolam por meu rosto na calada da noite
Enquanto ninguém me vê
Enquanto ninguém me ouve

Fico relembrando cada segundo ao seu lado
Lembrando da sua pele macia
Dos abraços
Do calor do seu corpo
Do som da sua voz
E isso dói
Dói demais quando você está muito apaixonado para esquecer
Dói demais quando você perde algo que não se pode substituir
Que nunca mais será seu

Mas o que fazer quando você tentou dar o seu melhor
Mas não obteve sucesso
Quando você lutou com todas as suas forças
E mesmo assim acabou derrotado

Me sinto tão cansado
Olhando fixamente para a luz do sol
Pedindo para que essa luz me guie até em casa
Pedindo para que essa luz me guie até o momento certo

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Sob uma lua azul

Deitado ao vento
Sob uma lua azul
Pensando no que se foi
Pensando nos pedaços a juntar
Depois de tanto tempo
Depois de tantas noites
O castelo de areia ruiu
E a princesa se foi
Deixando um rastro de tristeza no ar
Me deixando p/ trás

Então o vazio tomou de conta
Tentei despedaçar cada momento vivido
Jogar no esquecimento
Trancar no meu lugar mais obscuro

Deitado ao vento
Sob uma lua azul
Pensando no que fui
Pensando nos pedaços a colar
Depois de tanto tempo
Depois de tantas histórias a contar
O sol se foi
Levando junto meu amor
Deixando um rastro de vazio no ar
Me deixando p/ trás

Então o vazio tomou conta
Tentei despedaçar cada momento vivido
Jogar no esquecimento
Enterrar sob o chão
Para seguir em frente
Para seguir meu caminho
Sob uma lua azul

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Minha Flor

Eu plantei aquela semente radiante
Bem em baixo do chão
Naquela vila bem distante
Onde a tristeza não existe
Fiquei anos esperando nascer
Fiquei anos dando amor
Esperando florescer

Eu deslumbrei cada movimento seu
Te aqueci nas noite frias
Te recitei poesias de amor
Nos momentos de solidão
Pois era a semente mais linda que tinha visto

E o tempo foi se passando
E a flor se desabrochando
E cada vez mais eu sentia mais amor por aquela flor
Cada vez mais a achava radiante
Cada vez mais a achava perfeita

Eu deslumbrei cada movimento seu
Te aqueci nas noite frias
Te cantei belas canções de amor
Nos momentos tristes
Pois era a flor mais linda que tinha visto

Mas uma noite enquanto eu dormia
Sereno ao seu lado
Você foi roubada de mim
Pela tempestade
E eu nada pude fazer

Eu grite aos quarto ventos
Blasfemando pela minha flor
Gritei até não ter mais ar
Eu gritei até não ter mais forças
Gritei de corpo e alma

E Naquela vila bem distante
Onde a tristeza não existia
Eu derramei minhas lágrimas
E Naquela vila bem distante
Onde a tristeza não existia
Eu me deitei vazio
Eu me deitei sozinho

E todas as vezes que fechava meus olhos
Eu sentia mais amor por aquela flor
Por mais que o tempo passasse
Eu a via mais radiante
Eu a achava mais perfeita

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Na sua garupa

“Eu subia na garupa de sua moto, abraçava teu corpo e você acelerava para o nada.
Cruzávamos as dores, as brigas, as lágrimas. Roubávamos os olhares, as cenas, os momentos. Agregávamos felicidade, sorrisos e abraços.
Era ali em sua garupa que eu sentia a brisa, sentia o mundo, sentia você.
Mas um dia sua moto parou. Você me pediu para descer, me olhou nos olhos, acelerou e partiu para o nada, para o sempre, para as dúvidas e para o medo.
Por muitas vezes fiquei acompanhada apenas da falta da sua garupa, do barulho da moto, do calor do seu corpo.
Eu admito, procurei outras motos, outras garupas, outros corpos. E não demorei a entender que não encontraria nada parecido com o que sentimos, com o que vivemos.
E a lembrança da sua garupa foi o que restou para mim!”

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Distante

Meu coração está distante
Minha alma dispersa
Acorrentada
Em uma caixa inteira branca
Rodeada de falso amor

Estão me apagando
Arrancando dolorosamente
Cada pedaço
Me sufocando
Com seus argumentos sem fundamentos
Com sua fumaça toxica

Meu coração está distante
Como um turista longe de sua terra
Sem um lugar para chamar de casa
Minha alma esta dispersa
Translucida
Clamando por paz

Estão me apagando
Com suas falsas verdades
Em meio a uma hipocrisia sem fim
Estão me sufocando
Com sua fumaça toxica
Com esse amor mentiroso

Mas salve suas lagrimas
Não vale a pena
Salve suas lagrimas
Como um turista longe de sua terra
Sem um lugar para chamar de casa
Salve suas lagrimas

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Vamos Jogar

Jogue os dados
Vamos brincar de apostar o coração
Já estou cansado de senti-lo batendo
Já estou cansado de senti-lo vivo dentro de mim

Jogue os dados
Vamos brincar de nadar sangrando em mar aberto
Vamos brincar de apostar em qual tubarão chegará primeiro
Para estraçalhar nossa dor sob a luz do luar
Para estraçalhar nossas tristezas ao vento

Jogue os dados
Pois já cansei de ser manipulado
Maldado como massinha de brincar
Jogue os dados
E deixe a sorte nos levar por esse oceano de corpos
Ajoelhadas em preces a Deus

Jogue os dados
Para que posemos seguir nosso caminho
Pois ainda existem milhares de milhas para percorrer
Mas não se esqueça da sua venda para os olhos
Para que você não veja o rosto do ladrão


Jogue os dados
Vamos brincar de apostar nossos corações
Pedaços vazios de carne
Pedaços vazios de sentimentos

Jogue os dados
Para que posemos soltar nossos corpos
Sentindo-se como na gravidade do espaço
Sem peso
Sem dor
Sem alma

Jogue os dados

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Uma brisa de tristeza

Silêncio
Uma vida sem cores
Silêncio
Uma vida sem flores
Sem odores
E quando tudo é silêncio
Eu sou o barulho
Sem fim
Que nunca se cala
Que nunca se cansa

Silêncio
Uma vida sem doces
Silêncio
Uma vida sem amores
Sem dores
E quando tudo parece se encaixar
Eu preciso de um inimigo para continuar
E quando tudo parece se encaixar
Eu preciso de um objetivo
Que nunca vou alcançar

Olho para o céu
Tentando te encontrar
Entre tantas estrelas
Entre tantas dúvidas
Entre tantos sons
Olho para o céu

Silêncio
Uma vida sem cores
Silêncio
Uma vida sem dores
Sem amores
E quando tudo começa a se encaixar
Eu sou a bomba
Que nunca falha
Que nunca explodirá
Silêncio
Silêncio

quarta-feira, 23 de março de 2011

Um fantasma dentro de mim

Celebrar o inexistente
Em um vazio azul marinho
Cheio de nevoa
Cheio de lapsos de tempo
De cenas sem sentido
Cenas que já não sei dizer se foram reais
Ou imaginadas

Uma conversa diante do espelho
Em um quarto vazio
Uma mistura de loucura e lucidez
Em busca de luz na escuridão
Em busca de fatos pintados a sangue
De sentimentos bordados em seda

E de tanto procurar
Eu achei as chaves do meu coração
Desci aonde o sol não brilha
Adentrei em meu lugar mais sombrio
E lá estava ela
Arranhando as paredes com as unhas
Blasfemando meu nome ao vento
Em um tormento sem fim


PS: Essa poesia foi inpirada em um trecho de Shakespeare que diz "Você já parou para pensar que talvez você ja não ame mais aquela pessoa? Que talvez você só ame as memórias que viveu com ela?"

terça-feira, 15 de março de 2011

Mundo Vazio

Procuro você com meus olhos
Procuro você em meus pensamentos
Mas o que vejo são sorrisos de vidro
E minha alma parece tão desconexa do corpo
Desconexa do mundo
Como um boneco de madeira
Sem brilho nos olhos
Como uma rosa
Sem vida

Vivendo em um mundo vazio
Eu tento me manter vivo
Mas meu coração já não pulsa
Com tanta vitalidade
Vivendo em um mundo vazio
Eu tento me manter lucido

Procuro você em meus sonhos
Procuro você nas musicas
Mas o que encontro são falsos sentimentos
E minha alma se sente tão desnorteada
Que parece até que vai ser apagar
Amarrada nessa ilusão
Como um pássaro em uma gaiola
Preso pela eternidade
Como um barco a deriva no oceano
Sem esperança

Vivendo em um mundo vazio
Eu tento acreditar
Vivendo em um mundo vazio
Eu tento me manter vivo
Vivendo em um mundo vazio
Eu tento me manter acordado
Vivendo em um mundo vazio

sexta-feira, 11 de março de 2011

Uma Parte de Mim

"E de tanto pensar em sentir,
chegou-me a loucura,
dizia bem calma
e cantava sorrindo.
Havia passos imperfeitos,
dores no coração,
feridas que sangravam
e olhos fechados.
Não queria mais ver,
não queria mais sentir.
Pensou em ficar só,
mas a loucura não a deixou.
Acompanhava feito sombra
vestia-se de coragem,
de amigo e fidelidade.
Sim, sabia de seus sonhos.
Pior, entendia seus sonhos.
Era o perigo ao meu lado.
Era a segurança.
Tornou-se parte de mim.
Algo que amei...
Algo que amarei..."

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Bêbada no barzinho

Ela estava sentada ali já fazia horas. Sua boca já tinha adquirido o forte gosto de Cuba e seus cigarros já tinham acabado há tempos. Mesmo assim ela se mantinha bêbada, sentada no mesmo lugar.
Seu cérebro funcionava lentamente, mas seus pensamentos se mantinham no mesmo foco: “Como cheguei aqui?”.
O barzinho era bacana, a m
úsica agradável, as pessoas bonitas.
V
ários caras haviam chegado nela e ela havia recusado todos.
Às vezes ela puxava um papo descontra
ído com o barman, que na metade da noite passou a dividir seus cigarros de menta com ela. Outras vezes ela apenas escutava a música e tentava entender o que a letra tentava lhe ensinar.
Havia momentos em que seu corpo deslizava lentamente no banco sob o ritmo da m
úsica, seus cabelos compridos balançavam suavemente.
Sua meia calça preta deixava a mostra o contorno de suas finas pernas. O vestido tinha um caimento perfeito. As pulseiras lhe davam um ar mais delicado e o sapato de salto fino lhe dava um ar de elegância. N
ão tinha como não notá-la. Ela sorria ao final das músicas e tinha um brilho que chamava a atenção de todos.
Mesmo assim, tudo isso passava despercebido para ela. Ela s
ó queria entender como chegou até ali, como foi que do nada estava sentada sozinha em um bar, atraindo olhares e desejos.
Antes que a m
úsica parasse ela se despediu de seu novo amigo barman, desceu lentamente do banquinho e se encaminhou até a saída.
Antes que ela chegasse ao final do corredor, ela puxou um cara qualquer pelo colarinho e sussurrou em seu ouvido: “Ah, agora me lembro como cheguei aqui. Agora entendi porque estou sentada sozinha, caminhando sozinha!”
Ela soltou o rapaz um tanto quanto confuso, caminhou, abriu a porta e foi embora.


(Para todos aqueles que tentam compreender seus caminhos.)

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Eu queria matar o sol

Existem dias em que tudo dá errado
Tudo parece estar fora de lugar
Sem contexto
Em um movimento mecânico
Sem espontaneidade
Quase sem vida

Existem dias em que tudo dá errado
E nada parece fazer sentindo
Como em suas dissimulações
Com seus sorrisos falsos
Palavras vazias

E eu me sentia tão furioso
Que queria matar o sol
Expurgando toda a vida ao meu redor
Em uma escuridão sem fim
Eu queria matar o sol

Existem dias em que tudo dá errado
E a esperança parece se esvair
Levando junto todas as forças
Levando junto toda a essência
Levando a minha alma

Existem dias em que tudo dá errado
E o que você mais quer é liberar os demônios
Arrancando lagrimas de sangue
Como um falso santo de mármore
Como uma antiga maldição

E eu me sentia tão furioso
Que queria matar o sol
Expurgando toda a vida ao meu redor
Em uma escuridão sem fim
Eu queria matar o sol
Em uma escuridão sem fim
Eu queria matar o sol
Eu queria matar o sol

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Filme Noir

Lembro-me de quando tudo era perfeito
As falas fluíam em perfeito improviso
Diálogos que se estendiam pela noite
Personagens complexos que interagiam
Livres
Sem roteiro

Lembro-me de quando ainda existia magia
Que encantava a todos
Onde tudo era novo
Um universo dentro de cada um
Cheio de mistério e beleza
De infinita atração

Mas o que era belo foi se perdendo
E tudo começou a passar devagar
A ficar monótono
Sem graça
E o fim começou a justifica os meios

Lembro-me de quando tudo era perfeito
Quando os prédios acendiam suas luzes
E a noite tinha um cheiro diferente
E era algo realmente encantador
O cair da noite

Mas o que era belo foi se perdendo
E os atores virarão monstros
Mas quando foi que tudo começou a ficar monótono?
Sem graça
Envolto em falsas acusações
Me diz quando foi que tudo começou a desmoronar?
A desmoronar
Desmoronar