domingo, 28 de agosto de 2011

O Retorno da Menina

“Uma festa poderia sim, ser uma imensa surpresa. Desagradável? Talvez!
Parecia que ele podia ler seus pensamentos a partir do momento em que ela viu a brilhante aliança dourada em seu dedo. Ele leu seus olhos, leu suas sensações, seus movimentos...
E ela se sentiu péssima. O que esperar? Que ele estivesse com o coração livre novamente, assim como ela? Que ele estivesse disposto a encontrá-la em uma esquina qualquer, pronto para um começo? Que ele ainda pensasse nela? Nada disso fazia sentido!
Ela foi pega de surpresa e sentiu raiva por isso. Sentiu-se fraca, como aquela menina que vivia nos braços dele, sentiu-se idiota como aquela menina que sempre perdia nas brigas com o namorado, sentiu-se ridícula como aquela menina em que terminava a noite em lagrimas. Foi difícil se situar no chão e lembrar que ela não era mais uma menina.
- “Me desculpe por te esquecer!” - Foi tudo o que ele pode dizer a ela.
Suas mãos formigaram e ela sorriu demonstrando uma falsa compreensão.
O lado bom disto tudo? Ela havia amadurecido. Suas mãos formigavam, mas ela ficou por toda a festa, com seu habitual sorriso radiante e foi embora apenas quando todos os convidados estavam se retirando.
Ela lhe olhou bem fundo nos olhos e lhe disse “tchau”.
Dirigiu até sua casa.
Abriu sua porta.
Jogou as chaves e a bolsa no sofá.
Jogou suas roupas em uma cadeira.
Vestiu seu pijama.
Jogou-se na imensa cama.
E chorou.
Não sei te explicar o porquê, mas ela chorou e adormeceu!”


(Para todas as pessoas que não conseguem esquecer ou compreender um grande amor.)

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