quarta-feira, 23 de março de 2011

Um fantasma dentro de mim

Celebrar o inexistente
Em um vazio azul marinho
Cheio de nevoa
Cheio de lapsos de tempo
De cenas sem sentido
Cenas que já não sei dizer se foram reais
Ou imaginadas

Uma conversa diante do espelho
Em um quarto vazio
Uma mistura de loucura e lucidez
Em busca de luz na escuridão
Em busca de fatos pintados a sangue
De sentimentos bordados em seda

E de tanto procurar
Eu achei as chaves do meu coração
Desci aonde o sol não brilha
Adentrei em meu lugar mais sombrio
E lá estava ela
Arranhando as paredes com as unhas
Blasfemando meu nome ao vento
Em um tormento sem fim


PS: Essa poesia foi inpirada em um trecho de Shakespeare que diz "Você já parou para pensar que talvez você ja não ame mais aquela pessoa? Que talvez você só ame as memórias que viveu com ela?"

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