sábado, 3 de dezembro de 2011

Célula a célula




Ele gostaria de por para fora o que estava sentindo
Mas era tudo tão confuso
Que chegava a faltar ar em seus pulmões
Era tudo tão confuso
Que fazia seu corpo transbordar em suor
Seu coração parecia não agüentar tudo aquilo
Por mas que ele lutasse contra
Ele se sentia morrendo
Ele via seus sonhos por mais distantes que fossem
Se despedaçando
Ele via suas memórias se esfarelando
Como um castelo de areia ao vento
Perdendo sua forma
Perdendo seus detalhes
Pouco a pouco
Grão a grão

Ele tentava digerir cada palavra
Tentando segurar o sangue que jorrava das feridas
Abertas como facadas
Ele tentava digerir cada atitude
Mas era tudo tão confuso
Que fazia seu estomago rodar
Era tudo tão confuso
Que fazia seu corpo desfalecer
Como uma doença sem cura
Consumindo tudo
Cada alegria, cada momento feliz
Arrancando cada vontade de continuar
Cada força
Pouco a pouco
Célula a célula

Ajoelhado olhando para o alto
Ele gritava
Ele gritava tentando por para fora tudo que estava sentindo
Tentando vomitar seu coração
Explodindo tudo ao redor
Tentando matar tudo aquilo que estava te matando
Extrair da sua alma tudo que ficou
Ajoelhado olhando para o alto
Ele gritava

Então ele caiu
Faltava ar em seus pulmões
Seu corpo transbordava em suor
Seu coração parecia não agüentar tudo aquilo
Por mas que ele lutasse contra
Ele se sentia morrendo
Seus sonhos por mais distantes que fossem
Se despedaçando
Suas memórias se esfarelando
Como um castelo de areia ao vento
Perdendo sua forma
Perdendo seus detalhes
Pouco a pouco
Grão a grão

Deitado olhando para o alto
Ele gritava
Ele chorava
Ele gritava tentando por para fora tudo que estava sentindo
Ele gritava tentando vomitar seu coração
Explodindo tudo ao redor
Tentando matar tudo aquilo que estava te matando
Extrair da sua alma tudo que ficou
Ajoelhado olhando para o alto
Ele gritava
Perdendo sua forma
Perdendo seus detalhes
Pouco a pouco
Grão a grão
Célula a célula

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